Ecocardiograma com Doppler

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O Exame Cardiológico que Você Precisa Conhecer

Você sabia que o ecocardiograma é um dos exames mais importantes para avaliar a saúde do seu coração? Esse exame, que utiliza ondas de ultrassom, permite visualizar as estruturas e o funcionamento do órgão, detectando possíveis alterações ou doenças que podem comprometer a sua qualidade de vida. Neste artigo, vamos explicar o que é o ecocardiograma, para que serve, como é feito, o que ele avalia e quais são as principais alterações encontradas no exame. Acompanhe!

O que é o ecocardiograma?

O ecocardiograma é também chamado de:

  • Ecocardiograma com doppler colorido
  • Ecocardiograma com doppler
  • Ecocardiograma transtorácico
  • Ecocardiograma bidimensional com doppler
  • ECO TT

É um exame de imagem que usa ondas sonoras de alta frequência para produzir imagens em tempo real do coração. Essas imagens são chamadas de ecocardiogramas e mostram o tamanho, a forma, a espessura e o movimento das paredes e das câmaras cardíacas, bem como das válvulas e dos vasos sanguíneos que se conectam ao coração. O ecocardiograma também permite medir a velocidade e a direção do fluxo sanguíneo dentro do coração e avaliar a sua função sistólica (capacidade de contração) e diastólica (capacidade de relaxamento).

Para que serve o ecocardiograma?

O ecocardiograma serve para diagnosticar e acompanhar diversas condições que afetam o coração, tais como:

  • Doenças das válvulas cardíacas, como estenose (estreitamento) ou insuficiência (refluxo) valvar;
  • Doenças do músculo cardíaco, como cardiomiopatias (alterações na estrutura ou na função do miocárdio), isquemia (falta de oxigênio) ou infarto (morte de parte do tecido cardíaco);
  • Doenças do pericárdio, como pericardite (inflamação) ou derrame pericárdico (acúmulo de líquido entre as camadas que envolvem o coração);
  • Doenças congênitas do coração, como comunicação interatrial ou interventricular (abertura anormal entre as câmaras cardíacas), persistência do canal arterial (persistência de uma conexão entre a artéria pulmonar e a aorta após o nascimento) ou coarctação da aorta (estreitamento da aorta);
  • Doenças da aorta, como aneurisma (dilatação anormal) ou dissecção (separação das camadas) da aorta;
  • Sopro cardíaco, que é um som extra produzido pela passagem turbulenta do sangue pelo coração.

Além disso, o ecocardiograma serve para monitorar a eficácia de tratamentos médicos ou cirúrgicos para as doenças cardíacas, bem como para avaliar o risco cardiovascular de pacientes com fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, tabagismo ou histórico familiar.

Como é feito o ecocardiograma?

Existem diferentes tipos de ecocardiograma, que podem ser realizados de acordo com a indicação médica e a disponibilidade técnica. Os principais tipos são:

  • Ecocardiograma transtorácico: é o tipo mais comum e simples. Consiste em colocar um gel sobre o peito do paciente e deslizar um aparelho chamado transdutor, que emite e capta as ondas sonoras. O paciente deve ficar deitado e seguir as orientações do profissional que realiza o exame. Não há necessidade de preparo prévio nem de jejum.
  • Ecocardiograma transesofágico: é um tipo mais invasivo e complexo. Consiste em introduzir um transdutor acoplado a uma sonda pela boca do paciente até o esôfago, onde fica mais próximo ao coração. O paciente deve estar em jejum por pelo menos 6 horas antes do exame e recebe uma sedação leve e uma anestesia local na garganta. O exame requer monitorização cardíaca e oximétrica durante todo o procedimento.
  • Ecocardiograma com doppler: é um tipo que complementa os anteriores. Consiste em aplicar uma técnica chamada doppler, que permite medir a velocidade e a direção do fluxo sanguíneo dentro do coração, avaliando a função das válvulas e a pressão nas câmaras cardíacas. O doppler pode ser colorido, mostrando as cores vermelha e azul para indicar o sentido do fluxo, ou espectral, mostrando as variações de velocidade do fluxo em um gráfico.
  • Ecocardiograma com Strain: possui toda as características do ecocardiograma transtorácico, ma possui um aplicativo que consegue quantificar a “deformação” do musculo cardíaco, e assim predizer se existe alguma alteração na contração do musculo cardíaco, podendo dessa forma identificar precocemente algumas alteração no funcionamento contrátil do coração.
  • Ecocardiograma de estresse: é um tipo que avalia o comportamento do coração sob estresse físico ou farmacológico. Consiste em realizar um ecocardiograma antes e depois de submeter o paciente a um esforço físico em uma esteira ou bicicleta ergométrica, ou a uma medicação que aumente a frequência cardíaca. O objetivo é detectar alterações na função ou na perfusão do miocárdio que possam indicar isquemia ou doença coronariana.
  • Ecocardiograma fetal: é um tipo que avalia o coração do feto durante a gestação. Consiste em realizar um ecocardiograma na barriga da mãe, usando um transdutor especial. O exame pode ser feito a partir da 18ª semana de gravidez e serve para diagnosticar malformações congênitas do coração ou alterações no ritmo cardíaco fetal.

O que o ecocardiograma avalia?

O ecocardiograma avalia diversos aspectos do coração, tais como:

  • As dimensões das câmaras cardíacas (átrios e ventrículos), que podem estar aumentadas (dilatadas) ou reduzidas (hipoplásicas) em algumas doenças;
  • A espessura das paredes cardíacas, que podem estar espessadas (hipertróficas) ou afinadas (hipotróficas) em algumas doenças;
  • O movimento das paredes cardíacas, que podem estar normais, diminuídos (hipocinéticos) ou ausentes (acinéticos) em algumas doenças;
  • A fração de ejeção do ventrículo esquerdo, que é a porcentagem de sangue que é bombeada pelo ventrículo a cada batimento. O valor normal é acima de 55%. Valores abaixo disso indicam disfunção sistólica ventricular esquerda;
  • A função diastólica do ventrículo esquerdo, que é a capacidade de relaxamento e enchimento do ventrículo. Pode ser normal, alterada (disfunção diastólica) ou restrita (disfunção diastólica grave) em algumas doenças;
  • A anatomia e a função das válvulas cardíacas, que podem estar normais, estreitadas (estenose), insuficientes (regurgitação) ou com outras anormalidades (prolapso, vegetações, calcificações) em algumas doenças;
  • O fluxo sanguíneo dentro do coração, que pode estar normal, turbulento (sopro), reverso (refluxo) ou anômalo (shunt) em algumas doenças;
  • A pressão nas câmaras cardíacas e nos vasos sanguíneos, que podem estar normais, elevadas (hipertensão) ou reduzidas (hipotensão) em algumas doenças;
  • A presença de líquido no pericárdio (derrame pericárdico), que pode ser normal, aumentado (tamponamento cardíaco) ou inflamado (pericardite) em algumas doenças;
  • A presença de massas intracardíacas, como trombos, tumores ou coágulos.

Quais são as alterações encontradas no ecocardiograma?

As alterações encontradas no ecocardiograma dependem do tipo e da gravidade da doença cardíaca que afeta o paciente. Algumas das alterações mais comuns são:

  • Estenose valvar: é o estreitamento da abertura de uma válvula cardíaca, que dificulta a passagem do sangue. Pode afetar qualquer válvula, mas é mais frequente na válvula aórtica e na mitral. No ecocardiograma, observa-se uma redução da área valvar e um aumento da velocidade e da pressão do fluxo sanguíneo através da válvula. Os sintomas podem incluir falta de ar, dor no peito, desmaio e palpitações.
  • Insuficiência valvar: é o refluxo de sangue através de uma válvula defeituosa, que permite o retorno do sangue para a câmara anterior. Pode afetar qualquer válvula, mas é mais frequente na válvula mitral e na tricúspide. No ecocardiograma, observa-se um jato de fluxo reverso colorido pelo doppler, que indica a quantidade e a gravidade do refluxo. Os sintomas podem incluir falta de ar, inchaço nas pernas, fadiga e palpitações.
  • Cardiomiopatia: é um termo que engloba diversas doenças que afetam o músculo cardíaco, alterando a sua estrutura ou a sua função. Pode ser classificada em dilatada, hipertrófica ou restritiva, de acordo com o tipo de alteração. No ecocardiograma, observa-se uma alteração nas dimensões, na espessura e no movimento das paredes cardíacas, bem como na fração de ejeção e na função diastólica do ventrículo esquerdo. Os sintomas podem variar conforme o tipo e a gravidade da cardiomiopatia, mas geralmente incluem falta de ar, dor no peito, desmaio e arritmias.
  • Infarto do miocárdio: é a morte de parte do tecido cardíaco por falta de oxigênio, causada pelo bloqueio de uma artéria coronária. Pode ser agudo (recente) ou antigo (cicatrizado). No ecocardiograma, observa-se uma área acinética ou hipocinética da parede cardíaca correspondente à região infartada, que pode ser identificada pela técnica de estresse. Os sintomas podem incluir dor no peito, suor frio, náusea, vômito e ansiedade.
  • Derrame pericárdico: é o acúmulo anormal de líquido entre as camadas que envolvem o coração (pericárdio). Pode ser causado por infecções, inflamações, traumas, tumores ou outras doenças. No ecocardiograma, observa-se uma coleção líquida ao redor do coração, que pode comprimir as câmaras cardíacas e reduzir o seu enchimento. Os sintomas podem incluir falta de ar, tosse seca, dor no peito e tontura.
  • Comunicação interatrial ou interventricular: é uma abertura anormal entre os átrios ou os ventrículos do coração, que permite a passagem de sangue entre eles. É um tipo de malformação congênita do coração, que pode estar presente desde o nascimento ou se manifestar mais tarde na vida. No ecocardiograma, observa-se um fluxo anômalo entre as câmaras cardíacas, que pode ser colorido pelo doppler. Os sintomas podem incluir falta de ar, cansaço aos esforços, infecções respiratórias frequentes e cianose (coloração azulada da pele).

Conclusão

O ecocardiograma é um exame cardiológico que você precisa conhecer, pois ele permite avaliar a saúde do seu coração de forma não invasiva, rápida e precisa. Com ele, é possível diagnosticar e acompanhar diversas doenças que afetam o coração, como as doenças das válvulas, as cardiomiopatias, o infarto, o derrame pericárdico e as malformações congênitas. Além disso, o ecocardiograma serve para monitorar a eficácia de tratamentos médicos ou cirúrgicos para as doenças cardíacas e para avaliar o risco cardiovascular de pacientes com fatores de risco.

Se você quer cuidar melhor do seu coração e prevenir complicações futuras, não deixe de realizar o ecocardiograma periodicamente ou sempre que o seu médico indicar. Para isso, conte com a equipe qualificada e os equipamentos modernos do Espaço Vita Cardio, uma clínica especializada em cardiologia em Brasília. Agende já a sua consulta e faça o seu ecocardiograma com segurança e conforto.

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Dr. Cotta Jr
Cardiologista

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